Por Olivier_Le_Moal, de envato elements Por Olivier_Le_Moal, de envato elements

De acordo com dados da B3, aproximadamente 50% das pessoas físicas registradas na bolsa possuíam mais de cinco ativos no primeiro semestre de 2021, mais do que o dobro computado em 2016, quando apenas 21% dos investidores dispunham de tantos produtos. Já a quantidade de investidores com um único ativo na carteira recuou de 39% para 20% no mesmo período.

Aqueles interessados em adentrar o mercado de investimentos já devem ter percebido que uma dica geral, ensinada por economistas, analistas e outros tutores de educação financeira, é apostar em uma carteira diversificada. Ainda que apenas isso não seja o suficiente para garantir os melhores resultados, já que também é preciso muito estudo para escolher bons produtos que ajudem a compor um portfólio completo e promissório, apostar nisso aumenta as chances de alavancar o patrimônio com maiores e mais seguros retornos.

Porém, o que poucos comentam é que existem formas mais estratégicas de diversificar e conquistar os objetivos financeiros. Se o investidor não se atentar a isso, pode ter prejuízos e se desiludir com o mercado, e se afastar de uma área com grande potencial.

Pensando nisso, a Pandhora Investimentos, gestora de fundos de investimentos quantitativos, separou alguns erros que devem ser evitados na hora de diversificar e otimizar a carteira. Confira:

1) Não considerar o tripé dos investimentos

Grande parte dos investidores foca apenas na rentabilidade das aplicações. Porém, não podemos esquecer de olhar o tripé, que é completado pela liquidez e segurança. “Apenas ao observar esses três aspectos é que se deve tomar uma decisão. O percentual a ser investido em ativos líquidos, seguros ou mais arriscados depende de cada perfil, mas, para equilibrar a carteira, é aconselhável deixar parte dos recursos com um resgate rápido e em segurança”, aconselha Flora Damin, Partner and Investor Relations da Pandhora.

As análises do tripé devem levar em consideração se haverá um valor disponível para saques em curto prazo, principalmente no caso da reserva de emergência, e, em relação à segurança, é válido considerar que arriscar todo o patrimônio em busca de rentabilidade aumenta demasiadamente o risco. Portanto, a diversificação também envolve ter investimentos seguros, mesmo com rendimentos menores.

2) Seguir “dicas” de outras pessoas

No universo dos investimentos, o perigo de tomar decisões sem embasamento suficiente é alto. Em muitos casos, investidores optam por determinados produtos a partir de dicas de amigos e familiares ou conteúdos da internet. Porém, essa pode não ser a melhor forma de diversificar. “Não podemos esquecer que cada pessoa tem objetivos e perfis de investidor distintos. Aquilo que vale para o seu colega, pode não ser tão útil para você”, analisa a especialista.

3) Não observar os fundamentos de ações e fundos

Entre aqueles que investem em ações, nem todos conhecem e entendem a relevância da análise fundamentalista. Ela é basicamente a observação profunda de fatores internos e externos sobre à instituição que se deseja investir. Portanto, para realizá-la, é preciso pesquisar aspectos como a sua situação financeira; histórico no mercado; desempenho do segmento e projeções para o futuro. E a mesma lógica vale para os Fundos de Investimento: ao avaliar as possibilidades disponíveis no mercado, é imprescindível examinar questões como o histórico do fundo, gestão e estratégia de investimento.

Flora ressalta que, além de otimizar os resultados, esse olhar mais atento e cuidadoso para os fundamentos se mostra muito vantajoso pois impede, por exemplo, que o investidor inclua muitas empresas do mesmo setor em sua carteira. O que, consequentemente, permite que os ativos presentes em seu portfólio se comportem de formas diferentes, diluindo riscos.

4) Ignorar a correlação

Esse fator indica o quão parecidos os produtos de investimentos são entre si, e a métrica varia de -1 a +1: quanto mais próximo de +1, mais correlacionadas estão as aplicações. Flora conta que ignorar essa questão pode gerar uma falsa diversificação do portfólio. “É importante ter em mente que ativos similares tendem a se comportar do mesmo modo. Então, quando um apresenta uma queda, todos podem acompanhar o movimento”. O ideal, portanto, é buscar por alternativas com correlação negativa, como, por exemplo, a renda fixa e a variável.

5) Investir em algo que você não entende

Por fim, um erro cometido por muitos é aportar capital em ativos sem de fato compreendê-los. “Investir de forma variada é aconselhável, mas apenas quando foi feito um trabalho de pesquisa e entendimento das informações disponíveis sobre os produtos. Do contrário, os riscos podem ser ainda maiores”, finaliza a especialista.

Fonte: Jornalcontabil.com.br

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